quinta-feira, fevereiro 21, 2013

Educação Online: como seria ?

Continuando com as reflexões sobre a Educação Online, apresento a nova versão do mapa conceitual que servirá de base para o próximo texto que está sendo escrito: 




Deixo aqui um convite para quem tiver interesse na discussão, que venha junto, criticar, sugerir, ponderar, apontar ? Sintam-se à vontade. :)
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sábado, fevereiro 16, 2013

Por uma educação menos a distância e mais online


RESUMO: Este artigo apresenta uma discussão sobre os aspectos que envolvem a aprendizagem e a avaliação desta aprendizagem na Educação a Distância (EaD). Um levantamento sobre a situação dos cursos a distância no Brasil foi realizado no portal do Ministério da Educação (MEC), onde foi verificado que apenas 13 cursos de graduação a distância, oferecidos em instituições de ensino superior brasileiras, foram avaliados com conceito máximo pelo MEC. Um estudo de  caso é apresentado como exemplo de situação prática para mostrar algumas dificuldades enfrentadas pelos sujeitos que atuam na EaD. E, finalmente, é apresentado uma análise do estudo de caso e algumas reflexões sobre as possibilidades de interação e de metodologias de avaliação da aprendizagem na EaD que podem auxiliar a repensar o cenário da EaD no Brasil.
PALAVRAS-CHAVE: Aprendizagem; Interação; Avaliação.
1. Introdução
A oferta de cursos de graduação, pós-graduação e extensão, na modalidade a distância, teve um crescimento expressivo nos últimos anos. Os resultados do censo da educação superior divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), em dezembro de 2007, mostram que de 2003 a 2006, houve um aumento de 571% em número de cursos a distância e de 315% no número de matrículas. Os dados do censo apontam ainda que, em 2005, os estudantes da EaD representavam 2,6% do universo de estudantes e, em 2006, essa participação passou a ser de 4,4% (INEP, 2008).
Segundo o Anuário Brasileiro Estatístico de Educação Aberta e a Distância (AbraEAD), é possível constatar que as instituições de ensino brasileiras atenderam um total de mais de 2,5 milhões de estudantes em cursos desenvolvidos na modalidade a distância no ano de 2007 (AbraEAD, 2008). Esta pesquisa incluiu não somente alunos matriculados em cursos de instituições credenciadas pelo Sistema de Ensino, mas também em projetos de importância regional ou nacional, como os promovidos pela Fundação Bradesco, Fundação Roberto Marinho e do Grupo S (SESI, SENAI, SENAC e SEBRAE).
O censo de 2010 apresenta um crescimento ainda maior no que diz respeito ao número de concluintes, matrículas e oferta de cursos superiores desenvolvidos na modalidade a distância no Brasil. Segundo as Sinopses Estatísticas da Educação Superior, publicadas no portal do INEP (INEP, 2011), o país teve um total de 144.553 estudantes concluintes do ensino superior, egressos de um total de 930 cursos de graduação e 930.179 matrículas realizadas. Este panorama aponta para uma preocupação com a qualidade dos cursos de forma geral.
A oferta desta modalidade de ensino vem com o discurso político da inclusão social na educação superior, que tem como objetivo oferecer, a todos brasileiros, o acesso à Universidade em localizações distantes dos grandes centros.
Quando os cursos a distância foram concebidos no Brasil, em meados de 1904, os recursos utilizados eram baseados em materiais impressos, enviados pelos Correios, ou anos mais tarde, com as aulas transmitidas via rádio e televisão. Provavelmente, as primeiras experiências em EaD no Brasil podem ter ficado sem registro, visto que os primeiros dados conhecidos são do século XX (Alves, 2011).
Nos dias de hoje, com a chegada das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), dos computadores, dos dispositivos móveis, e do acesso à Internet, muitos são os recursos disponíveis para viabilizar a EaD, que também está sendo denominada de Educação online (EOL) por (Silva, 2012).
Em um primeiro momento, o objetivo principal da implantação da EaD no Brasil, foi levar a Universidade a regiões distantes dos grandes centros urbanos para que toda a população brasileira tivesse acesso à educação superior. Após alguns anos, muitos cursos foram implantados, tanto em instituições públicas quanto privadas, os primeiros formandos já estão atuando no mercado de trabalho, as primeiras avaliações de cursos foram realizadas pelo MEC, e nesse momento, é necessário retomar a discussão sobre a qualidade dos cursos oferecidos nesta modalidade.
A qualidade de um curso é verificada a partir do atendimento aos indicadores de qualidade definidos por especialistas do Ministério da Educação (MEC), no documento chamado “Referenciais de Qualidade para a Educação Superior a Distância[1]”. Além do atendimento aos critérios definidos neste documento, outra forma de analisar a qualidade de um curso superior é o desempenho dos estudantes em exames nacionais, como por exemplo, a prova do ENADE – Exame Nacional do Desempenho dos Estudantes no Ensino Superior[2].
Recentemente, foi divulgada uma relação dos cursos mais bem avaliados do ensino superior a distância no Brasil[3]. Ao todo, as instituições de ensino superior brasileiras oferecem 1.430 cursos de graduação a distância que estão cadastrados no portal do MEC (http:// http://emec.mec.gov.br/). Deste total, 1.208 cursos estão em atividade, 86 cursos estão em extinção e 136 cursos foram extintos, conforme mostrado na Tabela 1.
Tabela 1Total de cursos de graduação a distância no Brasil
Curso
Em atividade
Em extinção
Extinto
Licenciatura
570
54
118
Bacharelado
228
17
7
Graduação Tecnológica
406
12
8
Sequenciais
4
3
3
Total de Cursos
1.208
86
136
Fonte: (http:// http://emec.mec.gov.br).
Do total de cursos em atividade, 570 são de licenciaturas, 406 são graduação tecnológica, 228 são bacharelados, e 4 são sequenciais. Analisando o total de cursos em extinção, 54 são de licenciaturas, 17 são bacharelados, 12 são graduação tecnológica, e 3 são sequenciais. E, do total de cursos extintos, 118 são de licenciatura, 7 de bacharelado, 8 de graduação tecnológica, e 3 são cursos sequenciais.
Dos cursos em atividade, apenas 13 obtiveram avaliação global considerada de excelência. Os critérios de avaliação da qualidade de um curso, que formam a avaliação global, e que indicam se um curso é de excelência ou não, são compostos por 3 notas: o Conceito Preliminar do Curso (CPC), baseado na avaliação de documentos do curso; o Conceito de Curso (CC), definido após avaliação in loco do curso por uma comissão designada pelo MEC; e a nota dos estudantes na prova do ENADE.
Isto é, do total de 1.430 cursos de graduação a distância oferecidos atualmente no Brasil, apenas 13 cursos alcançaram o conceito máximo. Esta avaliação do curso é feita a partir de uma pontuação em ordem decrescente e dividido em cinco classificações, a saber: 5 – excelente, 4 – muito bom e 3 - suficiente. Os cursos com avaliação global abaixo de 3 são reprovados pelo MEC.
No que se refere ao resultado da prova do ENADE – Exame Nacional do Desempenho dos Estudantes no Ensino Superior, mostra que apenas 12 cursos foram avaliados com a nota 5; 66 com a nota 4; e 137 com a nota 3. É importante salientar, que 92 cursos obtiveram nota 2 e 2 cursos com nota 1, como pode ser observado na Tabela 2.
Tabela 2Desempenho dos estudantes na prova do ENADE
Nota na Prova do ENADE
Quantidade de Cursos
5
12
4
66
3
137
2
92
1
2
Fonte: (http:// http://emec.mec.gov.br).
O Conceito Preliminar do Curso (CPC) e o Conceito de Curso (CC) apresentam os indicadores da avaliação que levam em conta a proposta pedagógica do curso, os sistemas de comunicação e informática, o material didático, a metodologia de avaliação dos estudantes, a equipe pedagógica multidisciplinar, a infraestrutura tecnológica, de recursos humanos e de apoio, a gestão acadêmico-administrativa do curso e a sustentabilidade financeira.
A nota dos estudantes na prova do ENADE também é considerada na avaliação global do curso e tem relação, especificamente, com o desempenho dos estudantes ingressantes e dos formandos no curso em avaliação. Este exame integra o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES) e tem como objetivo[4] principal aferir o rendimento dos estudantes dos cursos de graduação em relação aos conteúdos programáticos, suas habilidades e competências.
Muitos cursos de graduação a distância autorizados pelo MEC ainda não têm suas notas divulgadas no portal do e-mec, pelo fato de que muitos cursos estão em processo de reconhecimento ou de renovação do reconhecimento, ou ainda, estar tramitando interposição ou recursos pelas instituições de ensino. A regulação dos cursos superiores a distância no Brasil segue os trâmites semelhantes aos dos cursos presenciais.
A partir deste contexto, é importante ressaltar que 90,9% dos cursos de ensino superior oferecidos na modalidade a distância no Brasil, ou ainda não foram avaliados, ou não atingiram a excelência na avaliação global de curso realizada pelo MEC.
Estes dados mostram a necessidade urgente de se investir em pesquisas que estudem e proponham soluções para melhorar a qualidade dos cursos oferecidos nesta modalidade. A qualidade de um curso pode ser observada a partir de vários critérios como já mencionado acima. No entanto, um dos critérios mais importantes da avaliação é o resultado do desempenho dos estudantes no ENADE. Porque é o desempenho dos estudantes que mostra se o projeto pedagógico do curso e as metodologias de ensino, aprendizagem e avaliação estão atendendo às necessidades dos estudantes e auxiliando no processo de construção do conhecimento. Se os estudantes não atingem o mínimo esperado nas avaliações, pode haver inúmeros problemas, mas o projeto pedagógico do curso e as metodologias de ensino, aprendizagem e avaliação, precisam ser revistos.
aprendizagem dos estudantes, a avaliação desta aprendizagem e a mediação pedagógica são fatores importantes a serem considerados quando se trata da qualidade de um curso a distância.
O objetivo deste artigo é apresentar algumas reflexões sobre novas possibilidades de aprendizagem e de avaliação desta aprendizagem na EaD, com o intuito de trazer para a discussão o atual modelo pedagógico desta modalidade de ensino no Brasil.
2. Contextualização
Inicialmente, para contextualizar a discussão proposta neste artigo, sobre novas possibilidades de aprendizagem e avaliação desta aprendizagem na Educação a Distância (EaD), a Figura 1 apresenta o Mapa Conceitual (concebido com o software Cmap Tools[5]), com os conceitos que estão envolvidos neste estudo.
Figura 1: Conceitos relacionados com a Educação a Distância desenvolvida no Brasil

Fonte: elaborada pelo autora.
O mapa conceitual apresentado na Figura 1 mostra que com a chegada das tecnologias da comunicação e informação e do acesso à Internet, a EaD, que antes era realizada a partir de materiais impressos, atualmente, encontra-se no Ciberespaço, na chamada Cibercultura (Lévy, 1996, 1999, 2000). A EaD está utilizando as tecnologias do Virtual (Lévy, 1996) e (Barros, 2008) e do Online, a partir do uso de Espaços Digitais Virtuais de Aprendizagem (Bona, 2012), também denominados de Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) (Schlemmer, 2002). Os AVAs estão sendo utilizados para mediar o processo de ensino e aprendizagem, que atualmente, não é mais a distância, e sim é online (Silva, 2012).
Os AVAs são sistemas computacionais que proporcionam o encontro, a discussão e a aprendizagem online. Estes encontros online são mediados pelo professor com o auxílio das Tecnologias Digitais de Rede (Teixeira, 2010), a partir da Interação Mútua (Silva, 2010) e (Primo, 2000, 2003), da Interatividade (Silva, 2010), da Colaboração e Cooperação (Piaget, 1973) entre os sujeitos envolvidos: professores-tutores e alunos virtuais (Palloff & Pratt, 2004).
A aprendizagem online, assim como na educação presencial, também requer uma avaliação, a qual é diferente do processo de avaliação da aprendizagem na modalidade presencial.
A avaliação da aprendizagem de um estudante não é tema de discussões somente nos dias atuais. A avaliação da aprendizagem é um assunto amplamente discutido pela comunidade acadêmica (Luckesi, 2010), (Esteban, 2004) e (Hoffmann, 2001, 2002), e que muitas vezes os educadores não chegam a um consenso sobre quais são as melhores práticas. De um lado, alguns educadores defendem a metodologia de avaliação tradicional, somativa, que tem a ênfase no “produto”, no resultado final; e por outro lado, outros educadores defendem as metodologias inovadoras para acompanhar e avaliar a aprendizagem dos estudantes, de maneira formativa, priorizando o “processo” e a construção de saberes durante o “processo”. Essas metodologias são defendidas conforme o projeto pedagógico, a filosofia e os valores da instituição de ensino, e as concepções epistemológicas e educacionais que cada educador traz consigo.
Na EaD não seria diferente. Nesta modalidade de ensino, a avaliação é feita conforme o que se chama de modelo pedagógico de EaD da instituição. Isto é, cada instituição de ensino tem um modelo próprio de gestão da EaD, e neste modelo, as metodologias de ensino, aprendizagem, acompanhamento e avaliação, estão definidas.
Para atingir o objetivo principal deste artigo, que é refletir sobre novas possibilidades de aprendizagem e avaliação na EaD, faz-se necessário pensar em três aspectos norteadores que estão relacionados à aprendizagem e à avaliação, que são:
1) como os estudantes aprendem em interação com as tecnologias do virtual ?
2) qual a relação que existe entre o desempenho acadêmico e a interação em ambientes online ?
3) como a mediação docente contribui para a aprendizagem online ?
Com base nestes três aspectos norteadores da discussão, a seção 3 apresenta um estudo de caso para ilustrar as dificuldades encontradas em uma situação prática de docência online. Nesta seção, também são apresentados apontamentos importantes, que a princípio não respondem às questões acima na sua totalidade, mas conduzem a uma reflexão sobre que cursos a distância se oferece atualmente, e que cursos a distância se quer para o futuro.
3. Estudo de Caso
Para iniciar a discussão, tem-se como exemplo, a análise de desempenho dos estudantes de uma disciplina da graduação a distância, oferecida no período letivo de 2012/2, em uma instituição de ensino superior, no estado do Rio Grande do Sul, credenciada e reconhecida pelo MEC.
A disciplina em questão é comum a vários cursos de graduação, que são oferecidos na modalidade 100% a distância. A carga-horária desta disciplina é composta por quatro créditos, totalizando sessenta horas-aula. O trabalho desenvolvido com os estudantes efetiva-se em um bimestre definido em nove semanas e contempla conteúdos da área das Ciências Exatas.
Os materiais didáticos digitais são disponibilizados como arquivos no formato (.pdf) e vídeo-aulas, distribuídos em nove módulos.
A comunicação entre professor e estudantes é realizada em seis encontros síncronos, com duração de quarenta e cinco minutos e suporte tecnológico da ferramenta chat. Além dessa ferramenta de interação e comunicação, a comunicação entre professor e estudantes é realizada a partir dos fóruns de discussão, das mensagens individuais e do correio eletrônico.
A Tabela 3 apresenta o total de estudantes matriculados na turma, o total de estudantes que obtiveram aprovação por média, e o total de estudantes aprovados e reprovados após exame de recuperação. É importante destacar, que nem todos os estudantes atuam, profissionalmente, nas áreas dos cursos; são pessoas que têm idade acima de vinte e cinco anos, e residem na região metropolitana dos estados do Rio Grande do Sul (RS), Santa Catarina (SC) e Paraná (PR).
Tabela 3Total de estudantes matriculados, aprovados por média, aprovados e reprovados após exame de recuperação
Situação dos Estudantes
Turma 2012/2
Matriculados
51
Aprovados por media
22
Aprovados após exame
28
Reprovados após exame
23
Fonte: elaborada pela autora.
Tabela 4. Percentual de estudantes, aprovados por média, aprovados e reprovados após exame de recuperação
Situação dos Estudantes
Turma 2012/2
Aprovados por media
43,14%
Aprovados após exame
54,90%
Reprovados após exame
45,10%
Fonte: elaborada pela autora.
Neste exemplo, a avaliação da aprendizagem dos estudantes foi composta por uma média ponderada que considera duas notas: a primeira nota (30%) trata da interação do estudante no ambiente virtual de aprendizagem, bem como a produção do bimestre; e a segunda nota (70%), refere-se ao desempenho do estudante em uma prova escrita, presencial, individual, com o uso de calculadora e do livro didático.
Entende-se por “produção do bimestre” como sendo as participações nos fóruns de discussão; as participações nos chats; a entrega de trabalhos escritos em arquivos do Microsoft Word; e o envio de questionários de correção automática, nos prazos estabelecidos desde o início da disciplina.
Observa-se que 43,14% dos estudantes obtiveram aprovação por média sem necessidade de realizar o exame de recuperação.  Após a realização do exame de recuperação, apenas 54,90% foram aprovados.  
3.1 Análise do Caso
O caso apresentado requer algumas considerações importantes, quanto às possibilidades de interação entre os sujeitos no ambiente virtual de aprendizagem, e quanto à metodologia de avaliação aplicada.
Os números apresentados nas Tabelas 3 e 4 mostram que, dos 51 estudantes matriculados, 23 não obtiveram aprovação na disciplina. O que representa um alto índice de reprovação: 45,10%.
Koehler (2012) analisou três turmas da graduação a distância, nas mesmas condições deste estudo de caso, sendo disciplinas da área das Ciências Exatas e com a mesma proposta pedagógica, onde também foi constatado um alto índice de reprovação. 
Quanto às possibilidades de interação, o que pode ser observado, nestes dois casos, é que quando os estudantes conseguem interagir no ambiente virtual com o professor e com os colegas, os resultados nas avaliações são positivos. A interação entre professor e estudante é importante para a construção do conhecimento, tanto na educação a distância, quanto na presencial.
A EaD apresenta características que facilitam a interação entre os sujeitos, a interação esta mediada pelas tecnologias da informação e comunicação.
Na análise do desempenho acadêmico dos estudantes das três turmas analisadas (Koehler, 2012) relacionou as interações destes estudantes no ambiente virtual com o desempenho acadêmico. Esta análise foi feita a partir da quantidade de acessos que o estudante fez às ferramentas do ambiente virtual. Os resultados mostraram que nem todos os estudantes que tiveram um maior número de acessos ao ambiente virtual de aprendizagem, obtiveram os melhores desempenhos acadêmicos. Concluiu-se então, que não é a quantidade de acessos ao ambiente que contribui para a aprendizagem dos estudantes.
Bassani (2006) constatou a necessidade de se definir uma ferramenta capaz de mapear as interações, tanto a partir de um enfoque quantitativo, quanto qualitativo. O enfoque quantitativo da interação faz referência ao que é possível apresentar de informações quantificáveis, quantidade de trabalhos enviados ou ainda o número de contribuições em determinada ferramenta, e que podem ser utilizadas como subsídios para o professor acompanhar a aprendizagem do estudante. Mas, nesta pesquisa a autora também concluiu que somente os dados quantitativos não são suficientes para analisar a aprendizagem sob o aspecto cognitivo.
Bassani (2006) afirma que o enfoque qualitativo da interação prevê a visualização do conteúdo e mapeamento das contribuições individuais e interindividuais dos estudantes, mostrando a sua interconexão com as contribuições dos colegas e que os dados quantitativos puramente como são disponibilizados, não fornecem esta informação.
O que pode ser observado nos dois estudos de caso de Koehler (2012), e na pesquisa de Bassani (2006), é que a interação que está presente nestes cursos não é a interação que contribui para a construção do conhecimento, a interação mútua definida por Primo (2000, 2003). Isto quer dizer que não há uma comunicação bidirecional entre professor tutor e estudantes (alunos virtuais). Nestes casos, os estudantes perdem a motivação, não acessam mais o ambiente virtual, e tão pouco participam dos momentos síncronos em chats ou das discussões nos fóruns. O que se pode afirmar é que este tipo de interação, definida por Primo (2000, 2003) como interação reativa, efetivamente, não contribui para a aprendizagem dos estudantes.
Por outro lado, a maioria dos AVAs[6] (Teleduc (Unicamp), e-Proinfo (MEC), AVA (Unisinos), WebCT e Moodle) utilizados nas instituições de ensino superior brasileiras, possibilitam apenas mapear as interações dos estudantes numa perspectiva quantitativa, oferecendo relatórios com a frequência, o número de acessos em cada ferramenta e quantidade de mensagens postadas nos diversos espaços do ambiente. Desta forma, a ênfase é apenas no aspecto individual do estudante, ou seja, as informações apresentadas são referentes a cada estudante individualmente, e não apresenta relatórios das interações do grupo de estudantes, nem dos caminhos percorridos para a compreensão de um determinado conceito.
O acompanhamento da construção do pensamento do estudante, das suas interações com os colegas e professores, sob uma perspectiva qualitativa, não é contemplado na maioria dos atuais ambientes virtuais de aprendizagem, e os dados quantitativos não possibilitam identificar progressos cognitivos potencializados pelas trocas interindividuais, nem da aprendizagem dos conceitos efetivadas ao longo do curso.
Observa-se, também, que as poucas ferramentas que existem para mapear as interações em ambientes virtuais (Bassani, 2006), limitam-se em apresentar com quem um determinado sujeito interagiu ou o conteúdo da mensagem. Mas, é importante afirmar que estas interações não mostram o processo de construção dos conceitos realizado por cada estudante em interação com os pares no grupo da disciplina.
Quanto à metodologia de avaliação utilizada, acredita-se que a partir dos resultados apresentados, os instrumentos e as metodologias de avaliação não estão atingindo os objetivos de uma avaliação formativa, que são acompanhar, orientar, e aferir se o estudante realmente aprendeu os conceitos e conteúdos apresentados. A avaliação como foi realizada caracteriza-se como uma avaliação somativa (Bloom, 1983), onde o sujeito é avaliado somente no final do curso, sendo avaliado o produto final, e não o processo.
            A avaliação da aprendizagem de um estudante, realizada de forma constante, formativa (Bloom, 1983), ao longo do curso e com uma mediação docente online baseada na interação mútua entre professores e estudantes e entre estudantes e seus pares, é uma forma de acompanhar o estudante e verificar se a aprendizagem está sendo efetivada ou não. Com o acompanhamento constante do estudante, o professor poderá intervir sempre que necessário, orientando as dificuldades e sugerindo outros caminhos para o aprendizado.
            Os autores Máximo, Barone e Carvalho (2008) realizaram uma pesquisa sobre a avaliação da aprendizagem, nos cursos oferecidos na modalidade a distância na UFRGS, mostrando um panorama no período de 1998 a 2008. Esta pesquisa mostrou que, apesar de todos os esforços despendidos, os resultados ainda são preocupantes porque falta a utilização de referenciais teóricos sobre avaliação da aprendizagem na educação a distância em grande parte dos cursos analisados. E esta constatação é observada em outros cursos, em outras universidades, para não dizer, na maioria das instituições de ensino superior brasileiras que oferecem cursos na modalidade a distância.
Segundo (Azzi, 2006) apud (Máximo, 2008), a avaliação da aprendizagem desempenha funções legítimas e indispensáveis no processo educativo. A função principal da avaliação é a pedagógica, que visa, principalmente, à verificação da aprendizagem dos estudantes, à identificação de suas necessidades e à regulação ou melhoria do processo de ensino e de aprendizagem. Os autores Ferreira, Otsuka e Rocha (2003) destacam a especial importância de uma avaliação formativa, no contexto da educação a distância, ou seja, que a avaliação possa apresentar características informativas e reguladoras.
Para Bona, Fagundes e Basso (2011), apenas entregar material no ambiente virtual não significa que o estudante aprenderá; o ambiente virtual não pode ser considerado um repositório de conteúdos. O ambiente virtual precisa ser um espaço de convivência digital virtual para além da interação entre os estudantes, e que considere a afetividade como um elemento essencial na educação e inseparável da cognição. Bona, Fagundes e Basso (2011) ainda afirmam que: “a avaliação permanece um tema polêmico entre as áreas do conhecimento, e que os instrumentos que melhor avaliam são os que possibilitam a leitura do estudante como um todo: afeto, cognição e metacognição”.
Máximo, Barone e Carvalho (2008) acreditam que a Informática possa contribuir de forma efetiva nos processos avaliativos em cursos na modalidade a distância, e que tal contribuição pode vir da combinação de diversos recursos computacionais. No entanto, ainda se tem poucas iniciativas em termos de pesquisa e produção científica na área de Informática na Educação sobre avaliação na educação a distância.
            Nesta seção, foram apresentadas algumas discussões relevantes sobre as dificuldades encontradas em uma situação prática, onde também foram apresentados alguns apontamentos importantes, que devem ser norteadores no planejamento de novos cursos a distância.  
Após analisar o estudo de caso apresentado, quanto às possibilidades de interação e quanto à metodologia de avaliação aplicada, a seção 4 apresenta as Considerações Finais provisórias. Provisórias porque são considerações sobre um recorte da pesquisa que está em andamento, em nível de Doutorado, e que segue com outros questionamentos para além deste texto.

4. Considerações Finais

Analisando o contexto atual da EaD no Brasil, os resultados das avaliações dos cursos apresentados no portal do e-mec, e os estudos de caso apresentados neste texto, é importante que professores, gestores e equipes pedagógicas das instituições de ensino superior, pensem que o planejamento pedagógico, dos novos cursos nesta modalidade de ensino, precisa prever uma outra forma de trabalho do docente online, conforme as reflexões propostas por (Silva, 2012).
É necessário que o professor tutor, chamado de docente online (Silva, 2012), consiga desenvolver atividades didáticas que priorizem a interação mútua entre docente e estudantes. Esta mediação docente pode ser feita a partir do uso de ferramentas da Web 2.0, que podem ser incorporadas ao ambiente virtual de aprendizagem institucional, e serem utilizadas como dinâmica principal de interação entre os sujeitos.
Segundo Santos (2010), “a modalidade online, enquanto ´fenômeno da cibercultura´ traz em sua condição digital as possibilidades da Web 2.0, como, por exemplo, o estar-junto online, colaborativo e dialógico nas interfaces Fórum, Chat, Wiki, Blog, Redes Sociais, entre outras”.
Os Blogs[7], Wikis e, principalmente, as Redes Sociais como Facebook[8] e Twitter[9] são possibilidades de interação a serem consideradas no planejamento dos novos cursos.   
É importante que o docente online consiga reconhecer o Virtual como um espaço educativo, onde se possa compartilhar, colaborar, cooperar, interagir, ser autor e co-autor de trabalhos realizados em grupos, numa comunidade que vive e convive em rede.
E, a partir desta vivência e convivência em rede será possível acompanhar, orientar e avaliar o progresso das aprendizagens dos estudantes sob um aspecto mais formativo e menos somativo. Acompanhando os caminhos trilhados pelos estudantes em uma comunidade em rede e virtual, o docente online pode orientar e sugerir novos rumos para a aprendizagem dos estudantes. Os históricos destas interações ficam armazenados e o docente online pode utilizar estas informações para compor a avaliação do estudante.
As três questões norteadoras que conduzem a escrita deste texto não foram respondidas na sua totalidade. No entanto, este é o ponto de partida para a pesquisa de novas possibilidades de aprendizagem e avaliação na EaD, que está em andamento.
No que diz respeito à questão de como os estudantes aprendem em interação com as tecnologias do virtual, o que se pode afirmar é que o estudante desta nova geração não pensa como os estudantes pensavam há uma década atrás (Veen & Vrakking, 2009). Os estudantes de hoje foram crianças que nasceram com acesso às tecnologias em casa, relacionam-se com amigos em redes sociais e resolvem seus problemas de forma colaborativa na rede. Logo, estes estudantes têm uma nova lógica de aprender usando as tecnologias do virtual a seu favor.
Quanto à questão da relação entre o desempenho acadêmico com a interação em ambientes online, pode-se afirmar que os estudantes que obtiveram as melhores notas foram os estudantes que mais se comunicaram com o professor e com os colegas, por meio do ambiente virtual. Esta comunicação foi realizada nos fóruns de discussão e nas sessões de chats para discutir as dúvidas sobre os conceitos previamente estudados. Os estudantes que fizeram as leituras com antecedência, que tentaram resolver os exercícios e que tiraram suas dúvidas com o docente online, obtiveram as melhores avaliações na disciplina. No entanto, os estudantes que tentaram uma comunicação com o docente sem ter feito a leitura prévia dos materiais didáticos digitais, nem realizaram os exercícios propostos com antecedência, não tinham dúvidas, e não conseguiam participar da discussão com o docente e com os colegas. É importante salientar, que o tópico da disciplina que causou mais dúvidas e o que foi mais discutido nos fóruns de discussão, foi a parte da avaliação escrita que teve mais acertos. Observou-se que os conteúdos introdutórios da disciplina, considerados mais fáceis, não teve o mesmo número de acertos na avaliação escrita. Os conteúdos mais complexos, que geraram mais dúvidas e que provocou uma maior interação entre o docente e os estudantes, teve o maior número de acertos.
Quanto à importância da mediação docente para a aprendizagem online, sem dúvida a atuação do docente online é um aspecto muito importante para a aprendizagem. Isto porque é o docente que consegue integrar o grupo ao contexto da disciplina, observar as dificuldades do grupo, propor novos caminhos de estudo, orientar o grupo para uma reflexão sobre as dificuldades, relacionando os conceitos teóricos com a solução de problemas na prática. A mediação pedagógica do docente online é tão importante quanto a qualidade dos materiais didáticos disponíveis no ambiente virtual, porque é o docente online que vai conduzir o processo de reflexão sobre as questões da disciplina. O acompanhamento constante do docente online permite que a avaliação da aprendizagem seja de caráter formativo, com ênfase no “processo” e não no “produto” final.
Como mencionado anteriormente, a qualidade de um curso é observada a partir de três conceitos que formam o conceito global de curso, e um destes conceitos é o desempenho dos estudantes nos exames nacionais promovidos pelo MEC. Então, pode-se dizer que a qualidade de um curso a distância está relacionada ao quanto os estudantes conseguem aprender e construir conhecimento, em interação e colaboração, com os professores e seus pares, no ambiente virtual. E, esta aprendizagem somente será constatada quando mudarem os espaços, os tempos e as metodologias de ensino, aprendizagem e de avaliação na EaD, e então se pensar em uma educação menos a distância e mais online.

Referências

Alves, L. (2011) “Educação a distância: conceitos e história no Brasil e no mundo. Revista Científica da Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED). V. 10. Pág. 83 – 92. 2011. Documento disponível no endereço eletrônico: http://www.abed.org.br/revistacientifica/Revista_PDF_Doc/2011/Artigo_07.pdf, com acesso em 11-02-2013.
Almeida, M. E. B. (2002) “Incorporação da tecnologia de informação na escola: vencendo desafios, articulando saberes, tecendo a rede”. In Moraes, M. C. (org.). Educação a distância: fundamentos e práticas. Campinas, SP: NIED/Unicamp, 2002.
AbraEAD. (2008) Um em cada 73 brasileiros estuda a distância. 2008. Disponível em: <http://www.abraead.com.br/noticias.cod=x1.asp>, com acesso em 04 jan 2013.
Bassani, P. B. (2006) “Mapeamento das interações em ambiente virtual de aprendizagem: uma possibilidade para avaliação em educação a distância”. Tese (Doutorado) – PPGIE. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2006.
Behar, P. A. et al.(2009) Modelos Pedagógicos em Educação a Distância”. Porto Alegre: Artmed, 2009.
Becker, F. (2001) “Educação e Construção do Conhecimento”. Porto Alegre: Artmed, 2001.
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[1] Referenciais de qualidade da educação superior a distância, disponível em: http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/legislacao/refead1.pdf, com acesso em 12 fev 2013.
[2] Informações sobre o ENADE, disponível em: http://portal.inep.gov.br/enadecom acesso em 12 fev 2013.
[3] Informações sobre a Avaliação dos cursos, disponível em: http://emec.mec.gov.br/com acesso em 12 fev 2013.
[4] Portal do INEP com a definição dos objetivos do ENADE: http://portal.inep.gov.br/enade, com acesso em 12 fev 2013.
[5] Software disponível para download no endereço eletrônico: http://cmap.ihmc.us/, com acesso em 04 jan 2013.  
[6] Ambientes Virtuais de Aprendizagem: Teleduc (http://www.teleduc.org.br/), e-Proinfo (http://e-proinfo.mec.gov.br), AVA (http://gpedunisinos.wordpress.com/pesquisas/pesquisa-ava-unisinos/) , WebCT (http://www.webct.com/), e Moodle (http://www.moodle.org),   com acesso em 13 fev 2013.  
[7] Blog disponível no endereço eletrônico: http://www.blogspot.com
[8] Rede social Facebook disponível no endereço eletrônico: http://www.facebook.com
[9] Rede social Twitter disponível no endereço eletrônico: http://www.twitter.com