sexta-feira, novembro 19, 2010

"Competências: desafios para alunos, professores e tutores na EAD"

Mary Lúcia Pedroso Konrath
Liane Margarida R. Tarouco
Patricia Alejandra Behar

Resumo

O espaço de sala de aula da educação a distância (EaD) e os papéis assumidos no grupo são diferentes das aulas presenciais e exigem habilidades e competências apropriadas. As diferenças estão ligadas ao uso das novas tecnologias, as quais dão suporte ao processo de ensino-aprendizagem, assim como proporcionam uma nova interação em termos de tempo e espaço com relação ao objeto de estudo/conhecimento. A complexidade dos processos envolvidos em uma concepção teórica, pautada na mediação pedagógica nos fez levantar e propor com base em nossas experiências como pesquisadores desta modalidade, competências mínimas necessárias para o papel de aluno, tutor e professor virtual. A base conceitual que compõe a presente pesquisa foi realizada envolvendo os conceitos de mediação pedagógica, competências e EaD. A partir dos estudos realizados e das experiências teórico-práticas como pesquisadoras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, organizou-se como resultado desta pesquisa, um mapa composto pelas competências mínimas necessárias para cada um destes papéis.

Palavras-chave: EaD, aluno, tutor e professor virtual, competências.

Texto completo

** Mary Lúcia Pedroso Konrath, Pedagoga, Especialista em Informática na Educação, Mestre em Educação e Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação – PPGIE/UFRGS, marykonrath@globo.com.

** Liane Margarida R. Tarouco, Mestre em Ciência da Computação e Doutora em Engenharia Elétrica-Sistemas Digitais e Professora do Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação – PPGIE/UFRGS, liane@penta.ufrgs.br.
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** Patricia Alejandra Behar, Mestre e Doutora em Informática, Professora dos Programas de Pós-Graduação em Educação e Informática na Educação – PPGEDU e PPGIE/UFRGS, pbehar@terra.com.br
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"Fazer e Compreender na Realidade Virtual: em busca de alternativas para o sujeito da aprendizagem"

Luis de França G. Ferreira
Liane Rockenbach Tarouco
Fernando Becker

Resumo

O uso da tecnologia, mais especificamente os artefatos computacionais, como apoio à
construção de conhecimento e à aprendizagem humana, tem recebido, nos últimos tempos, um impulso extraordinariamente grande. Entre estes artefatos está as Realidades Virtuais, apoiadas intensivamente pela Inteligência Artificial. A incorporação destes artefatos na educação é extremamente promissora. Não se deve, no entanto, usar estas tecnologias de forma ingênua. O projeto, desenvolvimento e a aplicação correta destes artefatos passam, necessariamente, pelo entendimento de como o homem constrói o seu conhecimento. Este artigo aborda a possibilidade, a viabilidade e as vantagens do uso da Realidade Virtual como um artefato de apoio no aprendizado de técnicas cirúrgicas.

Palavras-Chave:
Construção do conhecimento. Aprendizagem humana. Ação instrumentalizada.
Artefatos digitais. Realidade Virtual. Construtivismo. Ciência Cognitiva. Educação médica. Cirurgias minimamente invasivas. Videocirurgias.

Texto completo


domingo, novembro 14, 2010

Menção Honrosa ...




O Grupo de Pesquisa LEIA e a Equipe de Coordenação do Curso Mediadores de Leitura na Bibliodiversidade, receberá Menção Honrosa no Evento comemorativo dos 10 anos do Fórum EAD/UFRGS:

"Reconhecendo o seu comprometimento e dedicação ao trabalho acadêmico na área de Educação a Distância, é com grande satisfação que a SEAD/UFRGS convida-o(a) para receber Menção Honrosa pelo trabalho realizado. A homenagem terá lugar durante o evento de comemoração dos 10 anos do Fórum de EAD/UFRGS, a realizar-se no dia

DATA: 17 de novembro(quarta-feira) às 14h30min
LOCAL: sala Fahrion, 2º andar da Reitoria."


É com imensa satisfação que divulgo esta homenagem e sinto-me orgulhosa de fazer parte de uma equipe renomada de professores e colegas tutores a distância e presencial do Curso de Extensão Mediadores de Leitura na Bibliodiversidade.

PARABÉNS A TODA EQUIPE DA COORDENAÇÃO DO CURSO, PROFESSORES CONTEUDISTAS, PROFESSORES FORMADORES E TUTORES !

Cristiane Koehler.

Para meus filhos ...



Maria Solange da Costa Folchini *

Minha prole me engrandece,
Enchendo minha vida de alegria.
Uns perto, outros longe, mas
Sempre ligados por telepatia.

Família sem filhos não tem sentido.
Ilusão pensar o contrário.
Levo no coração fortalecido
Hoje e sempre o bom tempo hilário,
Ouvindo de longe o riso conhecido.
São deles:

Cristiane, a força desmedida ...
Fernanda, a seriedade em pessoa ...
Telmar, a alegria descontraída ...
Jéssica, a liderança que se aperfeiçoa.


* Maria Solange da Costa Folchini, é professora de Português, Literatura e Redação. É graduada em Letras-Português e pós-graduada em Leitura: teoria e prática pela Universidade de Passo Fundo (UPF). Lecionou há 30 anos na Escola Estadual de Ensino Médio Érico Veríssimo. Desde 1975 até os dias de hoje, atua no Colégio La Salle, em Carazinho-RS. É autora do livro Prosa Poética, da Editora LEW, lançado no dia 15/10/2010.


* Maria Solange da Costa Folchini, é minha Mãe amada que admiro muito.

Saudade ...


Maria Solange da Costa Folchini *

Sinto saudade
Do tempo passou
Da conversa animada,
Do olhar apaixonado,
Do beijo não recebido.

Sinto saudade
Daquilo que não aconteceu,
Do sonho desperdiçado,
Da lágrima derramada,
Do sorriso forçado.

Sei que por muito tempo
A saudade será a minha companhia
Dos dias vividos e não aproveitados,
Que dão sustento ao meu dia
Alimentado por essa sensação de alforria.
Oh ! Saudade, muita saudade !

* Maria Solange da Costa Folchini, é professora de Português, Literatura e Redação. É graduada em Letras-Português e pós-graduada em Leitura: teoria e prática pela Universidade de Passo Fundo (UPF). Lecionou há 30 anos na Escola Estadual de Ensino Médio Érico Veríssimo. Desde 1975 até os dias de hoje, atua no Colégio La Salle, em Carazinho-RS. É autora do livro Prosa Poética, da Editora LEW, lançado no dia 15/10/2010.


* Maria Solange da Costa Folchini, é minha Mãe amada que admiro muito.

O que é o Construtivismo ?

Fernando Becker *

O universo sempre foi o que é hoje? Os mais antigos acreditavam, e muitos ainda acreditam, que o universo foi criado por Deus tal qual é hoje. Segundo essa crença, a Terra é o centro do universo; mas a partir do século XVI tal concepção foi-se desmoronando, com a afirmação de que o Sol era o centro. Hoje, "a Terra é uma pedrinha que orbita uma estrela pequena que fica na periferia de uma galáxia sem importância à deriva em um universo que se expande" (Folha de S.Paulo, 10/5/92). Esse desmoronamento ocorre em várias áreas do conhecimento humano. DARWIN, no século XVIII, na Biologia, tira do homem o título de filho de Deus e faz dele um descendente dos símios. FREUD, no início deste século, na Psicanálise, afirma que o homem nem ao menos é dono de sua consciência e de seus atos, pois estes são determinados, em larga escala, pelo inconsciente, que é um "sistema dinâmico em permanente atividade", profundamente enraizado nas relações sociais. Sabemos, hoje, que o universo é muito maior do que se imaginava, que não é estático e, mais, que desde o seu início, há quinze bilhões de anos, está em expansão a velocidades espantosas. A física atômica já nos passara, no início deste século, a idéia de movimento à velocidade da luz, no microcosmo. Numa palavra, todo o universo, nos níveis micro e macro, está em movimento. Se ele está em movimento, está-se constituindo, está-se construindo. Ou se destruindo?

Texto Completo

* Fernando Becker é Professor de Psicologia da Educação da Faculdade de Educação de Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS, Doutor em Psicologia Escolar pela Universidade de São Paulo, Coordenador do Programe de Pós-graduação em Educação da UFRGS.

sábado, novembro 13, 2010

Educar: Para quê ?

Cristiane Koehler *

Quando pensei na tarefa de escrever um texto sobre “para que educar?”, a primeira ideia que me veio à mente foram outras perguntas: “por que estudamos a vida inteira ?”, “por que tantos jovens disputam vagas acirradas nos processos seletivos das universidades públicas e privadas ?”, “por que tantas pessoas estudam para disputar vagas concorridas em concursos públicos ?”, “ por que tantas pessoas, mesmo depois de formadas numa graduação, ainda estudam para provas de área, como OAB, AMRIGS, RESIDÊNCIA MÉDICA, etc... ?”, “e por que tantas pessoas que já se formaram numa graduação, voltam a estudar para seleção em programas de pós-graduação (especializações, mestrado e doutorado) ?”, e finalmente, “ por que eu mesma voltei a me matricular num curso de graduação, se já tenho graduação e pós-graduação completos ?”.

Todas estas questões vieram à minha mente, logo que comecei a pensar por que educamos.

No entanto, primeiramente, gostaria de escrever sobre por que estudamos. Penso que as pessoas começam a estudar para melhorar de vida, pois estamos acostumados a ouvir nossos pais dizerem que temos de estudar para ter um futuro melhor. Quando nossos pais diziam isso, eles queriam dizer que precisávamos estudar para termos uma profissão, um trabalho, uma ocupação que nos desse condições de nos sustentar no futuro, para termos a nossa vida própria. Logo, crescemos ouvindo que estudar é importante para melhorar de vida, melhorar as nossas condições financeiras e termos uma profissão, para sermos gente com algum reconhecimento.

No momento em que estamos estudando, encontramos com muitas pessoas, dentre elas os nossos professores. E aí vem outra pergunta, por que tantas pessoas estudam para serem professores ? por que tantos jovens ocupam bancos escolares em cursos de licenciatura ? Será que todas estas pessoas que estudam para exercer a profissão docente, têm realmente em mente o que é ser um professor ?

Quando eu escolhi a minha profissão, analista de sistemas, pensava que eu iria trabalhar num grande CPD, com muitos computadores, que eu iria resolver problemas administrativos numa grande empresa privada ou em algum cargo público. Lembro que quando escolhi o meu curso de graduação, pensei: ”a computação é a profissão do futuro, no futuro terá muito trabalho à disposição das pessoas que souberem trabalhar com computadores.”

Depois, passaram-se alguns anos, estava formada em Ciência da Computação e trabalhando como analista de sistemas em uma empresa prestadora de serviços de informática, em Florianópolis-SC. Nessa época, fiquei sabendo de um concurso público para analista de sistemas do SEPRORGS (Serviço de Processamento de Dados do RS), me inscrevi e fui estudar para o concurso.

Quando iniciei os meus estudos para o concurso, vi que tinham algumas matérias que eu não havia tido na graduação, e então fui procurar na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a possibilidade de cursar estas matérias como aluna especial na pós-graduação em Ciência da Computação.

Após passado alguns meses, vi que eu gostava muito de estudar, de estar no meio universitário, em contato com pessoas novas, aprendendo e discutindo sobre coisas novas, construindo e discutindo ideias. Logo, comecei a apresentar trabalhos em eventos científicos e vi que eu gostava mesmo era de estar em contato com as pessoas, conversando, discutindo o que eu havia descoberto com as minhas pesquisas, mostrando o que isso estava influenciando, onde as coisas que eu estava estudando poderiam ser aplicadas. Durante todo o tempo que estive cursando a minha pós-graduação, a convivência com a minha professora orientadora foi muito importante, também, na minha decisão de seguir com a carreira docente.

Hoje, posso dizer que passados 13 (treze) anos de formada na graduação, descobri que o que eu quero mesmo é ser professora. E fiquei muito feliz com a minha descoberta, pois desde então não parei mais de estudar, estudar e estudar, não somente para ter uma profissão como meus pais diziam, mas hoje eu estudo com o objetivo de crescer pessoal e intelectualmente, para compreender o mundo e as pessoas com as quais convivo, para viver melhor, com mais qualidade de vida, consciente de tudo o que está acontecendo ao meu redor.

E aí vem uma das últimas perguntas: “mas por que estudamos tanto ?”, “por que estamos sempre pensando que temos alguma coisa ainda para aprender ?”. Porque somos seres inacabados, estamos em constante processo de construção de nós mesmos.

E a última e primeira pergunta: “mas para que educar ?”, penso que precisamos educar os nossos filhos em casa e os nossos estudantes na instituição escolar, para conscientizá-los que temos de construir um mundo melhor, com pessoas mais conscientes dos seus atos, mais responsáveis pelo meio em que vivem e com mais afeto ao próximo.

Finalmente, acredito que precisamos educar e nos educar a ser: Humano, a ser gente.

* Cristiane Koehler, professora universitária, possui Graduação e Mestrado em Ciência da Computação. Estudiosa das novas tecnologias na educação, e atualmente, está se preparando para a seleção do Doutorado em Educação/UFRGS.

Filosofia Brincante - Márcia Tiburi


Está saindo pela Ed. Record o livro Filosofia Brincante, da filósofa Márcia Tiburi. Este livro foi escrito em parceria com Fernando Chui. O livro é um passeio pela experiência do pensamento que é própria da filosofia. Tem dois personagens, Clara e Peri que são dois amigos que se encontram e conversam, desenham e descobrem que pensar é um brinquedo muito legal.

Vale a pena conferir.

Leitura em casa e na escola - Dilan Camargo !

Leitura em Casa e na Escola, por Dilan Camargo*

A literatura tem uma missão formadora, enquanto o conhecimento tem uma função conformadora. Um menino de dois anos e meio, de uma escola de Educação Infantil portuguesa, depois de ouvir a leitura de poemas por sua professora, e estimulado a se expressar, disse: “Se eu não existisse, eu ficava triste”. Essa criança, mesmo sem estar alfabetizada, foi capaz de criar um belo e profundo verso. Isso mostra o quanto já nascemos lendo e nos expressando diante da vida e do mundo. As crianças nascem e logo aprendem a ler as pessoas e objetos ao seu redor. Aprendem a interpretar fatos e emoções, principalmente em sua profunda interação afetiva com a mãe ou com sua cuidadora. Pais e especialistas em educação sabem a importância do estímulo linguístico na formação de uma criança. Este é passado aos bebês pela fala afável, pelas cantigas de ninar, e até mesmo por sons ininteligíveis, mas dirigidos à sua atenção. Para os maiorzinhos, o estímulo linguístico faz-se através da contação de histórias de encantamento, magia, mistério, medo, aventura. E da leitura de poesia, pois esta liberta a nossa capacidade de expressão.A leitura para as crianças, ou a leitura feita por elas mesmas, em casa ou na escola, não precisa de técnicas sofisticadas. Precisa apenas dela mesma, da leitura em si, do ato de ler um texto, de preferência em voz alta. Em alto e bom som. Pais e professores, quando forem ler para os seus filhos ou seus alunos, precisam apenas entregar-se, com alegria e arte, a esse momento único de comunhão humana entre gerações. Os adultos visitam a sua infância e as crianças aprendem a confiar no mundo adulto. Já a leitura feita pelas próprias crianças, em casa ou na escola, precisa apenas de um livro na mão e de muita imaginação na cabeça. Pode ser acompanhada de uma intermediação sensível e inteligente dos pais ou da professora, sem interferência nas formas e nos ritmos do ato de leitura de cada um, junto com um suave e lúdico encorajamento. Os educadores e os pais mais dedicados sabem o quanto é necessário, em todo o período da infância, seja nas famílias ou na educação infantil e nas séries iniciais, despertar, vivenciar, enriquecer e ampliar a capacidade linguística da criança. Esta vai se constituir num fundamento cognitivo determinante para o seu bom desenvolvimento em todas as etapas da sua vida e em todas as áreas do conhecimento. As crianças apresentam-se à vida e ao mundo com a sua imaginação, espontaneidade, pureza, percepção mágica e intuitiva, e com um repertório linguístico ainda pouco contaminado por outras linguagens empobrecidas de conteúdo e sentido. Estão abertas para a experiência e o aprendizado da língua viva, propiciada apenas pela boa literatura. Sempre é preciso lembrar a observação da professora Regina Zilbermann de que a literatura tem uma missão formadora, enquanto o conhecimento tem uma função conformadora. A harmonia e o equilíbrio entre ambas dá-se pela capacitação linguística das crianças, adquirida através da leitura literária, se possível, diária. A literatura, para grandes e pequenos, ensina-nos que uma vida simples e boa é sempre um caminho de aprendizado e não uma pista para se baterem recordes.

*Escritor, cientista político

Fonte: Zero Hora

Raul Seixas ...

Impacto da Leitura ...

Aprender a ler modifica o cérebro !

O aprendizado da leitura, um fenômeno recente demais para ter influenciado nossa evolução genética, tem um impacto importante sobre o cérebro, que se adapta e utiliza, independentemente da idade da alfabetização, regiões cerebrais destinadas a outras funções.

O estudo do Instituto Nacional de Saúde e Pesquisa Médica da França (Inserm), publicado ontem na revista Science, foi feito com 63 voluntários brasileiros e portugueses. Os pesquisadores constataram que o impacto da alfabetização sobre o cérebro era maior do que os estudos anteriores davam a entender, e afeta tanto as áreas visuais do cérebro quanto setores dedicados à fala.

Fonte: Jornal Zero Hora, 12/11/2010, p. 45.