O outro texto publicado na página 11, tem o título "Afeto e consumo", escrito por Antônio Mesquita Galvão (filósofo, escritor e doutor em Teologia Moral). Este texto é mais enfático no que diz respeito à postura dos pais em relação aos filhos nos dias de hoje. O autor diz que "é muito triste que alguns pais, quando não podem dar carinho, dão coisas materiais aos seus filhos". Isso é muito preocupante mesmo, porque quem serão os exemplos desses filhos "sem pais" ? Quem estará próximo desses filhos para orientar na hora certa ? O texto conta a história de uma família onde o pai trabalha muito, viaja, tem reuniões até tarde e a mãe participa de rodas sociais, chás beneficentes, liga feminina, trabalhos voluntários na igreja, e tudo mais ... e tanto um quanto outro, não tem tempo para sentar e conversar com seu filho.
No Natal resolveram dar um presente muito bom ao filho, uma moto de 400 cilindradas. Alguns pais incompetentes para o afeto, tentam agradar o filho pelo lado materialista. Afinal, é só o que eles sabem fazer, é o que eles entendem. Resultado: o filho morreu num acidente de trânsito a 400 cilindradas de emoção. Emoção e morte.
Será que tudo é mais importante que educar nossos filhos ?
Será que o nosso trabalho (que é nosso sustento e sustento deles também) é mais importante que estar perto dos nossos filhos ?
Aí está uma equação difícil de resolver nos tempos modernos.
Precisamos sim, trabalhar, estudar, viajar, mas ... temos filhos ! E eles SEMPRE DEVEM SER A PRIORIDADE NA NOSSA VIDA.
E, ponto final.
Cristiane Koehler.
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