domingo, dezembro 11, 2011

Reflexões sobre Avaliação da Aprendizagem sob uma perspectiva Construtivista !

Continuando com as reflexões sobre Avaliação da Aprendizagem sob uma perspectiva construtivista, acredito que o professor precisa respeitar o ritmo de aprendizagem de cada estudante. Faz-se necessário uma análise do quanto esse estudante evoluiu durante o período letivo. Isto é, analisar os conhecimentos do estudante durante todo o período letivo, e verificar quais os conhecimentos prévios e o que o estudante conseguiu relacionar, construir durante as aulas. Muitas vezes, os estudantes não chegam ao mesmo nível de conhecimento uns dos outros, mas o meu questionamento aqui é: o que importa é a) o quanto cada um conseguiu evoluir durante a trajetória ou b) quais conseguiram atingir um objetivo específico durante essa trajetória ?

Pergunto isso porque, são duas linhas de pensamento bem diferentes, onde a primeira a) avalia o quanto cada estudante construiu de conhecimento novo, considerando cada estudante como um ser único, onde uns constróem mais e outros menos e que nem todos atingem o mesmo nível de conhecimento, mas todos evoluíram ...

E a segunda b) o professor define um ou mais objetivos específicos que ele - professor - acredita que todos os estudantes precisam atingir o nível de conhecimento definido por ele ...

E agora ? Qual caminho nós - professores - seguimos ?

Para começar a pensar sobre ...

Pois Piaget nos seus livros Problemas de Psicologia Genética (1978) e Abstração reflexionante: relações lógico-aritméticas e ordem das relações espaciais (1995) aponta para a importância do processo de construção, processo esse que não está atrelado a um prazo específico e pode variar de pessoa para pessoa.

No livro, E-moderating - the key to teaching and learning online (2000), Salmon afirma que "a construção do conhecimento se estabelece na interação mútua entre os estudantes sob a orientação do professor, que exerce o papel de moderador, cuja principal meta é possibilitar que os estudantes "aprendam fazendo", ao invés de serem simplesmente receptores de conteúdos".

No artigo, Avaliação Formativa: um desafio para o professor (2001), os autores Soares e Ribeiro afirmam que é na avaliação formativa que se é possível avaliar para refletir ressignificando o papel do erro. Os autores relatam uma experiência onde os estudantes, após uma avaliação escrita, precisavam dissertar sobre as possíveis causas dos erros e acertos. A partir de experiências como essa é que se começa a integrar a avaliação com o processo de construção do conhecimento.

O autor Ramos, no texto O papel da avaliação educacional nos processos de aprendizado autônomos e cooperativos, sugere tratar o erro como um momento privilegiado de investigação e reflexão, considerando-os como acontecimentos significativas e impulsionadores consiste em uma estratégia fundamental para uma proposta de avaliação.

Os autores trazem apontamentos importantes sobre a avaliação da aprendizagem sob diferentes olhares. Mas qual o nosso olhar ? O que pensamos sobre a avaliação da aprendizagem ?

Quando falamos em avaliação da aprendizagem, precisamos avaliar se o nosso estudante aprendeu ou não, mas como faço isso ?

E aí concordo plenamente com a Profa Léa Fagundes quando ela diz que o professor "precisa compreender como o ser humano aprende, como funciona a mente humana ?" ... porque nós professores precisamos compreender como os nossos estudantes aprendem, como eles relacionam os conceitos que estamos trabalhando em sala de aula ...

E para isso, nós professores precisamos estudar as teorias de aprendizagem e tê-las como um guia para compreendermos melhor os nossos estudantes e melhor orientá-los na caminhada da aprendizagem ....
Vocês concordam ?

Cristiane Koehler.

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